Mas as pilhas são apenas uma pequena parte do problema. Com o avanço tecnológico, os produtos eletrônicos sofrem modificações que deixam versões anteriores obsoletas do dia pra noite. E nós, deslumbrados que somos, atualizamos nosso estoque de gadgets inúteis como se não houvesse amanhã.
Segundo a ONU, o Brasil é o maior produtor de lixo eletrônico per capita entre os países emergentes. Além disso, a menção aos produtos eletro-eletrônicos foi retirada do projeto de lei (PL 203/91), que irá definir a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Ou seja: aparentemente o país não tem o menor interesse em reverter esse quadro.
Mas esse pepino nãó é só nosso não. Segundo o Greenpeace, 20 a 50 milhões de toneladas de lixo eletrônico são geradas no mundo a cada ano e esse tipo de resíduo representa hoje 5% de todo o lixo sólido do mundo (quase empatando com as nossas queridas embalagens plásticas). Pra não ter que lidar com esse problema, alguns países exportam seu e-waste para nações pobres. Gana, por exemplo, está se tornando um verdadeiro lixão a céu aberto, como mostrou esse ensaio fotográfico.
O problema do lixo eletrônico vai muito além da poluição visual. Na composição de muitos desses produtos há metais pesados, como mercúrio, fósforo, cádmio e chumbo, que podem se espalhar pelo solo, água e ar prejudicando a saúde dos seres que habitam esses locais.
Pra quem deseja adotar uma atitude mais responsável com o seu lixo eletrônico, o site Descarte Certo parece ser uma boa opção (dica do Radar 55). O cliente se cadastra e agenda a coleta pela internet. Infelizmente o serviço só está disponível em alguns estados e é pago, mas já é alguma coisa.
Lembrando que são classificados como "lixo eletroeletrônico": celulares, baterias e carregadores, pilhas, computadores, notebooks, televisores, monitores, vídeos cassete, DVDs, faxes, impressoras, ferros de passar roupa, aspiradores de pó, secadores de cabelo, máquinas de lavar roupa e louças, fogões, geladeiras, microondas, ipods, aparelhos de som, CDs e fitas cassete.
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